terça-feira, 31 de julho de 2007

Abatimento

Um stress , de um lado para o outro , porventura em vão.

Cada dia que passa , a desilusão agrava - se , havendo momentos de um vazio incomodativo.

Parece que o deserto quer conquistar espaço. Talvez seja o cansaço o responsável por este estado de desânimo e por isso , quem sabe , depois das férias o sorriso volte a fazer - me companhia.

Os nossos passos levam - nos sempre a algum lugar. Por isso é tão importante que os saibamos dar. A todos. Podemos pensar: " Ah! , este pequeno desvio não fará mal..." - Pode ser fatal! Pode ser um irrecuperável desperdício de energia.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Instante

Um pássaro sobrevoa o jardim e mais ao longe o som da água a cair da cascata leva o pensamento para ao pé do sonho , um sorriso desenha - se no rosto e , por instantes , sou menino outra vez.

As folhas , nas copas das árvores , agitam - se levemente enquanto o vento as acaricia numa harmonia infantil .

Movimento

Corre uma levissima aragem que varre suave o calor de dentro do corpo.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Criação

Deus criou o Mundo num dia de confusão.
De manhã, quando abriu a janela do quarto o dia parecia florir à sua frente: o céu estava azul , os prados verdejavam de desejo e o sol brilhava com uma pujança esperançosa.
Contudo , mal saiu de casa , as nuvens apareceram . Primeiro brancas mas logo depois cinzentas , ameaçando uma chuva que rápidamente chegaria.
Mas que raio - pensou - ainda agora um promissor futuro e tão cedo desfeito...
Assim mesmo avançou. Continuou a árdua tarefa da construção do homem e do seu mundo. Com dúvidas , é certo , mas prosseguiu.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Luz

A luz branca espalha - se sem vergonha e amplamente pelo espaço que me circunda enchendo a atmosfera de ânimo , mitigando assim alguma tristeza que ficou de ontem e do dia anterior.


Nada como um dia limpo de sol para fazer renascer a esperança.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Melancolia


Olho pela janela a lua distante e duas lágrimas descem do canto do olho molhando-me o rosto de memórias.

Ao fundo , no ribeiro , correm mansas as águas dos sonhos e as sereias dos rios recolhem ao sossego da noite.

Nas árvores , os pássaros preparam - se para dormir , num roçagar de sedas.

Vem o silêncio , inundando a alma , enquanto tu , ó bela , esboças um sorriso que me estremece o coração.

Vem , silêncio, entra por mim .

Vem , alegria , deixa-te ficar ao pé de mim.

Escrever


Escrever , porquê?!
Porquê sair do conforto preguiçoso embora que pouco produtivo e chegar-me aqui ao computador sem saber muito bem o que escrever?!
Esta necessidade de dedilhar sobre o teclado de um computador, agora com a possibilidade de imediatamente ficar visível , é comum a um sem número de pessoas que , pela escrita se encontra , desabafa , ama , imagina , cria , faz humor ...

Assim é comigo.Escrever é uma terapia , uma companhia ; traz para ao pé de mim quem amo , quem estimo ; faz recordar-me dos bons momentos , ameniza os maus momentos.

Depois da noite a manhã


Procuro o teu olhar quando me deito .
Cerram - se as pálpebras entrando o silêncio.

O dia nasce cheio de cor que entra pela janela ampla da sala onde me detenho por instantes , respirando , enchendo os pulmões da frescura da manhã.

O sol espalha -se , elegante , pelo campo .

domingo, 1 de julho de 2007

No palco

A música gravada dá o primeiro sinal de que o espectáculo está prestes a começar e o meu coração ,sem que eu seja capaz de o controlar , começa a bater de forma algo descompassada num misto de contentamento e nervosismo. As luzes ajustam-se e os músicos entram no palco , atravessando-o . de forma discreta e subtil quando , na verdade , a eles cabe uma parte importante e fundametal do que vai acontecer a seguir. Começa então a magia de que tive o privilégio de partilhar em três sessões , todas diferentemente sentidas mas onde , em cada uma delas , o coração se emocionou de forma especial.



Entram as mães com os seus filhos pequenos pelas mãos . pisando a caruma ainda fofa e ordenada que é calcorreada pela primeira vez , porque há sempre uma primeira vez para tudo , experimentando assim que o exterior da mãe pode ser fofo também mas pode igualmente picar. São deixados por instantes a si mesmos e depois , ao chamamento das progenitoras , regressam à segurança do colo materno.

Há trilhos que se abrem , possibilidades de caminho que surgem e aí vamos nós , crianças que fomos um dia , à procura do nosso próprio rumo.

A vida poderá começar! É preciso limpar o palco , tal como a vida que ao principio está em branco , tudo para fazer , tudo para preencher, o espectáculo poderá então ter lugar.