Abre - se um buraco por onde caio e onde fico um tempo que nunca é certo.
O equinócio da Primavera exerce sobre mim uma força negativa que não consigo controlar que me deixa próximo da depressão.
O buraco é um grande vazio que não consigo encher com nada. As emoções vão para qualquer sítio longe de mim e perco a humanidade , o gosto pela convivência e o prazer de estar deixa de existir.
Quase só o sono me traz alguns momentos de tranquilidade , breves instantes que pela manhã se esboroam.
Inspiro fortemente , uma , duas vezes.
sábado, 28 de março de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
domingo, 22 de março de 2009
Futebol
Há esta coisa do futebol que neste País parece assumir pontos de estultícia ou de demência . Talvez se deva ao facto de sermos um lugar pequeno e onde quase nada acontece - ainda bem , dirão alguns , quando se lembram de outras perdas de faculdades mentais de outros lugares relatadas amíude nas televisões.
Muitas das vezes , a maioria , o futebol , em particular o português , irrita - me. A grande maioria dos poucos jogos que vejo ou melhor , de parte deles , são tão fraquinhos , tão fraquinhos que não consigo entender de onde vem a atracção exercida por este jogo no adepto tuga.
Depois há sempre as tricas e o falatório. As tricas do jogo , no relvado e fora dele : entre os jogadores , entre os dirigentes , entre os adeptos. É quase só tricas , dúvidas , erros , as faltas e as supostas faltas . O árbitro que quase nunca arbitra mas que rouba sempre. É , há sempre um roubo , um roubo que leva à indignação e à revolta por uma boa parte da gente . Na hora , nas horas a seguir , nos dias a seguir , nos meses a seguir, meu Deus , nos anos a seguir aos jogos .
E há também o falatório , o falatório sério com direito a imenso tempo de antena , distribuido por todos os canais , por todos os os jornais e que se estende para os escritórios e para a rua , para quase todo o lado , inútil , oco , sem sentido.
Muitas das vezes , a maioria , o futebol , em particular o português , irrita - me. A grande maioria dos poucos jogos que vejo ou melhor , de parte deles , são tão fraquinhos , tão fraquinhos que não consigo entender de onde vem a atracção exercida por este jogo no adepto tuga.
Depois há sempre as tricas e o falatório. As tricas do jogo , no relvado e fora dele : entre os jogadores , entre os dirigentes , entre os adeptos. É quase só tricas , dúvidas , erros , as faltas e as supostas faltas . O árbitro que quase nunca arbitra mas que rouba sempre. É , há sempre um roubo , um roubo que leva à indignação e à revolta por uma boa parte da gente . Na hora , nas horas a seguir , nos dias a seguir , nos meses a seguir, meu Deus , nos anos a seguir aos jogos .
E há também o falatório , o falatório sério com direito a imenso tempo de antena , distribuido por todos os canais , por todos os os jornais e que se estende para os escritórios e para a rua , para quase todo o lado , inútil , oco , sem sentido.
Costa Nova
Encosto-me ao paredão , num pedacinho livre , ao pé de uma mulher em top less que talvez se tenha sentido incomodada com a minha presença porque vestiu a parte de cima do bikini e pouco depois mudou - se uns metros mais para cima. Eu próprio também me mudei , incomodado pela maré , ameaçadora , e fiquei agora distante do paredão.
Aproveito o dia de sol e de pouco vento que fez hoje mas na verdade não consegui esquecer a solidão que me acompanha e parece ter - se colado de forma resistente. Ensaiei ainda um pouco de leitura mas a minha cabeça não está em paz . Instalou - se um vazio preocupante que não deixa entrar quase nada. Parece que quanto mais só estou menos vontade de conviver tenho. Um ciclo perigosamente vicioso.
Vou até à esplanada junto da marina onde me sento e como uns rissóis , uma bifana e que empurro com uma imperial. Ao mesmo tempo observo uns jovens que acabaram agora mesmo uma regata de vela nas tarefas de arrumação das embarcações. Lembro -me dos tempos em que com o barco do meu pai também eu me ocupei das árduas tarefas que vêm depois dos prazeres que a água e os barcos proporcionam.
Vagueei em direcção ao mercado na expectativa de encontrar uma loja onde comprar uns chinelos. Sem grande animo entrei em três lojas mas nada vi que me agradasse e vim para aqui , para casa ,onde escrevo estas linhas.
Aproveito o dia de sol e de pouco vento que fez hoje mas na verdade não consegui esquecer a solidão que me acompanha e parece ter - se colado de forma resistente. Ensaiei ainda um pouco de leitura mas a minha cabeça não está em paz . Instalou - se um vazio preocupante que não deixa entrar quase nada. Parece que quanto mais só estou menos vontade de conviver tenho. Um ciclo perigosamente vicioso.
Vou até à esplanada junto da marina onde me sento e como uns rissóis , uma bifana e que empurro com uma imperial. Ao mesmo tempo observo uns jovens que acabaram agora mesmo uma regata de vela nas tarefas de arrumação das embarcações. Lembro -me dos tempos em que com o barco do meu pai também eu me ocupei das árduas tarefas que vêm depois dos prazeres que a água e os barcos proporcionam.
Vagueei em direcção ao mercado na expectativa de encontrar uma loja onde comprar uns chinelos. Sem grande animo entrei em três lojas mas nada vi que me agradasse e vim para aqui , para casa ,onde escrevo estas linhas.
segunda-feira, 9 de março de 2009
The Reader
"Será que não me devia ter alistado nas SS?" , pergunta Hanna ao seu inquiridor em pleno tribunal quando confrontada com os delitos cometidos por aquela força no horror dos campos de exterminio.
Teria à volta de 2o anos quando tomou essa decisão , uma escolha porventura ingénua , tomada num contexto especial , nunca imaginando as consequencias ,não sonhando no que se viria a tornar o poder nazi e o absurdo inominável em que tudo se tranformou , acabando num dezprezo indizível pela vida humana , de que Hanna foi também vitima.
Pagou com a sua própria vida pelos erros que foi obrigada a cometer numa abnegação para lá do razoável
Teria à volta de 2o anos quando tomou essa decisão , uma escolha porventura ingénua , tomada num contexto especial , nunca imaginando as consequencias ,não sonhando no que se viria a tornar o poder nazi e o absurdo inominável em que tudo se tranformou , acabando num dezprezo indizível pela vida humana , de que Hanna foi também vitima.
Pagou com a sua própria vida pelos erros que foi obrigada a cometer numa abnegação para lá do razoável
domingo, 1 de março de 2009
Cinema
Ontem fui ver o Casamento de Rachel , um curioso filme sobre as disfuncionalidades das familias , eventualmente com alguns clichés , abusando um pouco dos movimentos da camara , talvez com palavras a mais mas que me deixa , entre outras , a mensagem que o passado não se pode modificar , que apenas e sómente o podemos mudar na forma como o vivenciamos no presente. Disse - me ainda o que de há já algum tempo a esta parte sei , que cada um de nós é uma ilha , um território psico fisico único , que tem que encontrar ou construir pontes para se relacionar com os outros.
Domingo
Domingo é sempre Domingo. Dia diferente quase sempre. O corpo acompanha o espírito na vontade de descanso e tranquilidade.
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