domingo, 10 de junho de 2007

Inquietude
















Atravesso a rua deixando atrás de mim o marulho manso do mar e em poucos passos alcanço a porta entrando em casa , onde me instalo , entre uma simplicidade antiga e infantil e um sentimento novo , que me leva a ti , aos teus olhos , à tua voz , ao teu corpo todo .

Parando , interrogo-me , surpreso: O que está acontecer?! Mas que inquietação é esta? ...

Atravesso a rua , ouvindo o mar , sentindo as ondas caindo na areia , incansáveis e belas , espalhando um murmúrio brando mas de fulgor viçoso , sempre novo , que serenamente invade o coração.

Está ainda aqui , agora , embora tu distante , a tua voz , preenchendo este espaço vazio e assim , em silêncio , vieste tu adormecer junto dos meus sonhos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Fiquei mesmo sem palavras... ainda por cima com a sensação de já conhecer de perto este lugar, esta casa, este mar... continua porque de facto escreves com a alma. uma amiga.