domingo, 22 de março de 2009

Costa Nova

Encosto-me ao paredão , num pedacinho livre , ao pé de uma mulher em top less que talvez se tenha sentido incomodada com a minha presença porque vestiu a parte de cima do bikini e pouco depois mudou - se uns metros mais para cima. Eu próprio também me mudei , incomodado pela maré , ameaçadora , e fiquei agora distante do paredão.

Aproveito o dia de sol e de pouco vento que fez hoje mas na verdade não consegui esquecer a solidão que me acompanha e parece ter - se colado de forma resistente. Ensaiei ainda um pouco de leitura mas a minha cabeça não está em paz . Instalou - se um vazio preocupante que não deixa entrar quase nada. Parece que quanto mais só estou menos vontade de conviver tenho. Um ciclo perigosamente vicioso.

Vou até à esplanada junto da marina onde me sento e como uns rissóis , uma bifana e que empurro com uma imperial. Ao mesmo tempo observo uns jovens que acabaram agora mesmo uma regata de vela nas tarefas de arrumação das embarcações. Lembro -me dos tempos em que com o barco do meu pai também eu me ocupei das árduas tarefas que vêm depois dos prazeres que a água e os barcos proporcionam.

Vagueei em direcção ao mercado na expectativa de encontrar uma loja onde comprar uns chinelos. Sem grande animo entrei em três lojas mas nada vi que me agradasse e vim para aqui , para casa ,onde escrevo estas linhas.

Sem comentários: