quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Um instante do tempo

Com o corpo estirado no sofá , voltado para cima , olho o tecto branco , vazio , aguardando que lá de cima venham as respostas às interrogações que surgem ou simplesmente deixando os pensamentos vogarem soltos , sem resposta .



Fecho os olhos e afundo - me então um pouco mais dentro de mim , respirando pausada e profundamente , sentindo o ar entrando e saindo , promovendo algum ruído , tal como aprendido nos exercícios respiratórios do yoga e lentamente tomo uma consciência maior de mim e do universo a que pertenço .



Na quietude da sala de minha casa , onde mais ninguém se encontra , estabeleço por momentos , cuja duração é subjectiva , uma conexão harmoniosa comigo e com a consciência de mim próprio , do elemento vivo que sou e do conjunto maior a que pertenço.



Repito uma , duas vezes mais , e parece até que , por instantes , o tempo se imobilizou e que tudo à minha volta se encaixou correctamente , formando um todo equilibrado e com sentido.

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