Tento sintetizar , quero sintetizar mas não me sai nada. Apenas o mar , ao fundo , e o barulho das ondas me embalam para outro universo , deixando o meu corpo estirado sobre a toalha enrugada por estes dias de descuido preguiçoso.
Está calor . Há outros corpos deitados ao lado do meu , outros ainda que se movimentam displicentemente junto à água , em desalinho perfeito.
O que está na nossa cabeça não nos deixa mesmo que caminhemos até á estrela mais distante , acabo de ler.
Sandra tem um rosto que me faz lembrar um sapo , um sapo simpático e amoroso , franzindo - se no meio da testa amiúde num gesto de aparente defesa.
É a tua ausência que me lixa - penso.
A falta da tua voz a encher o espaço , é o que me deita por terra - repito para mim mesmo.
Aninho - me bem junto dos lençóis , onde tento dormir , mas apenas o medo , um quase pavor , me deixa estático.
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