domingo, 1 de agosto de 2010

Alentejo I

28/7/2010

São quase 13H00 e todos , à excepção do Galo , estão acordados ou melhor, semi acordados , dadas as horas tardias a que se deitaram , os whiskies bebidos e os cigarros fumados que inevitávelmente os deixaram num estado entre o hipnótico e o anestesiado com os sentidos e o raciocínio toldados.


Se assim é comigo não há – de ser muito diferente com os outros.

Tomar o pequeno almoço , fumar os primeiros cigarros do dia , trocar umas palavras de circunstância e cada um de nós parece cair num espaço próprio necessário para o reencontro individual após as longas horas feitas de partilha , libertação e euforia potenciadas pelo álcool e pelo fumo.

O Jorge não foi à cama e , de directa , foi caçar umas rolas com a pressão de ar tendo – se recostado agora mesmo no sofá da sala. Não passaram ainda uns minutos e já se ouve ressonar. Muito se queixa da dificuldade em adormecer mas já perdi a conta das vezes em que o vejo a fazer isto : adormecer como um bebé apenas com a diferença que o ronco dá. Vai dormir por um bom bocado , se o deixarem.

O tempo hoje está agora algo cinzento , com um céu de trovoada , que já nos presenteou com uns ligeiros e breves pingos de chuva. A temperatura está talvez mais baixa hoje do que ontem mas não é por isso que não me apetece ir à praia neste momento. Não há , este ano , a mesma vontade de outros anos do sol , da praia e do mar. É natural…

Pode ser que lá vá mais tarde…

Tenho pena de não saber mergulhar decentemente porque o mar está suficientemente calmo e tranquilo que daria com certeza para trazer peixe, polvos ou bruxas .

São agora 22H18 e estou sozinho no monte ouvindo uns trechos do segundo e terceiro actos do Turandot de Puccini. É um pouco estranho neste sítio mas é assim mesmo a vida: estranha e sempre surpreendente .

João , Jorge , Bernardo e Didi talvez estejam jantando no Octávio. Não enviaram qualquer mensagem. Vou ficar por aqui mais um bocado e talvez lá apareça depois.

Ana e Patrícia partiram para Lisboa e agora ficámos sem mulheres o que desequilibra e destempera os momentos. É pena mas paciência que outras mulheres virão...!

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